sexta-feira, 12 de novembro de 2010

O decorrer de um dia.

Sinto claro que os dias sem te ver são vazios e sem vida, é repleto de solidão, tristeza e muita angústia.

Tento manter sempre meu pensamento ocupado, mesmo que você domine toda e qualquer parte dele. É triste admitir, mas você tem razão quando diz que eu valorizo mais o que você não faz, do que o que você faz.

Não consigo mais enxergar o meu individual, todos os pensamentos que flui tem você como a base principal. Todos os meus movimentos expressam a falta que você me faz, todos eles me lembram a sua ausência, cada atitude me mostra que estou sozinha.

Passo o dia agindo e raciocinando em como ser melhor, como ser insubstituível, como ser única, como se tornar uma peça rara. Tudo que faço é para tentar mostrar o quanto você é importante e especial.

Mas quando o dia vai chegando ao fim, quando a lua aparece e quando tudo fica escuro, dentro de mim parece que vai acontecendo à mesma coisa.

A solidão chega e arrasta todos os sentimentos bons que consegui armazenar durante o dia.

A tristeza avança e leva com ela todo o traço de sorriso que eu havia criado enquanto o sol raiava.

A angústia também não deixa de aparecer e trás com ela as lágrimas que teima descer pelo meu rosto. Tudo isso acentua a falta que você me faz.

Mais uma vez o meu dia termina repleto de reticências e pontos de interrogação, porque sei que mais uma vez ele terminou e ficou faltando alguma coisa.




Luciana de Souza

imagem: daqui (cor alterada por mim).

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