quinta-feira, 3 de abril de 2014

Outra vez Maio.

Ontem era Dezembro, na minha cabeça tinha estipulado um prazo final, os dias foram passando e com a esperança de uma mudança fui confiando e esperando que logo tudo estaria mudado, e seria apenas mais uma lembrança.

Tenho que admitir que confiei em cada gesto e detalhe, mas algo bem pequeno na sua expressão me levou ainda mais no passado, um si, em um tom bem superficial de ameaça, e o si aconteceu, e tudo outra vez não passou de mais uma decisão adiada.

Hoje terminamos o ¼ do ano e nada mudou. Vejo pessoas com colete salva vidas e que sabem nadar sendo atendidas antes de mim, e eu ainda na água  me debato a espera por socorro.

Admito que todo o meu corpo dói, tenho a impressão que mesmo que continue a me debatar, a qualquer hora posso morrer afogada, e ali mesmo serei esquecida sem qualquer honra ou reconhecimento.

Queria ter aprendido a nadar, queria saber remar, queria dizer vou a direita e seguir nesta direção, mas mantenho acessa a esperança por um dia melhor, do que me adiantaria seguir em frete se passaria o resto da vida olhando pra trás?

Um sábio disse: “Aonde estiver o seu tesouro, ali estará o seu coração” e por isso eu afirmo, eu quero o meu coração sempre grudado em mim, pois mesmo que esteja na agua me debatendo se conseguir alcançar as suas mãos sentirei segurança e só assim saberei o sabor da verdadeira liberdade.

memorias....

Luciana de Souza


Imagem: daqui

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